Alemanha bate recorde mundial de produção de energia solar.



Recentemente as usinas de energia solar da Alemanha produziram um recorde mundial de 22 gigawatts de eletricidade hora - o equivalente a 20 centrais nucleares produzindo em plena capacidade.

O governo alemão decidiu abandonar a energia nuclear após o desastre nuclear de Fukushima no ano passado, fechando imediatamente oito plantas e planejando desligar as nove restantes até ano de 2022. Elas serão substituídas por fontes de energia renováveis, como eólica, solar e biomassa.

Norbert Allnoch, diretor do Instituto da Indústria de Energias Renováveis (IWR) em Muenster, disse que os 22 gigawatts de energia solar por hora introduzida na rede nacional no sábado corresponderam a cerca de 50% das necessidades de eletricidade da nação ao meio-dia.

"Nunca antes em qualquer lugar do mundo, algum país conseguiu produzir essa quantidade de eletricidade fotovoltaica", dise Allnoch à Reuters. "A Alemanha havia chegado perto de 20 gigawatts (GW) algumas vezes nas últimas semanas. Mas esta foi a primeira vez ultrapassamos esse valor."

A quantidade recorde de energia solar mostra que um dos líderes mundiais dentre as nações industrializadas foi capaz de suprir um terço de suas necessidades de eletricidade em um dia de trabalho, sexta-feira, e quase a metade no sábado, quando fábricas e escritórios estavam fechadas.

O apoio do governo às energias renováveis tem ajudado a Alemanha se tornar um líder mundial em energia renovável e o país já produz cerca de 20 por cento de suas necessidades globais anuais de eletricidade a partir dessas fontes.

Alemanha sozinha possui quase tanto quanto a capacidade instalada de geração de energia solar do resto mundo somados e produz cerca de 4% das suas necessidades anuais globais de eletricidade através da energia solar. O Governo pretende reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa em 40%, dos níveis de 1990, até 2020.

Alguns críticos dizem que a energia renovável não é confiável o suficiente e nem há capacidade instalada o suficiente para abastecer as principais nações industriais. Mas a chanceler Angela Merkel disse que a Alemanha está ansiosa para demonstrar que isto é possível.

O salto acima do nível 20 GW foi devido em grande ao aumento da incidência de raios solares em todo o país neste ano. Há 1 ano atrás, nesta mesma época, a Alemanha só conseguia produzir 14 GW, bem distante dos 22 GW que foram obtidos agora. A Alemanha possui 26 GW de capacidade instalada em todo o País.

"Isso mostra que a Alemanha é capaz de atender uma grande parcela de suas necessidades de eletricidade com energia solar", disse Allnoch. "Isso também mostra que a Alemanha pode produzir com muito menos plantas à base de carvão, gás e usinas nucleares."

Allnoch disse que a informação é baseada em informações da European Energy Exchange (EEX), uma bolsa com sede em Leipzig.

A tarifa subsidiada desta forma de energia, "feed-in-tariff" (FIT), tem provocado muita controvérsia mas ela é um elemento vital para as indústrias até que os preços das energias fotovoltaicas possam cair para níveis semelhantes da energia convencional.

Os consumidores reclamam de que a FIT da energia solar acrescenta cerca de 2 centavos de dólares por Quilowatt/hora nos preços da eletricidade na Alemanha, uma das mais caras do mundo com os consumidores pagando cerca de 23 centavos de dólares pelo kw/h.

Os consumidores alemães contribuem com cerca de 4 bilhões de euros (5 bilhões de dólares) por ano, embutidos em suas contas de luz, para a energia solar, de acordo com um relatório de 2012 do Ministério do Ambiente da Alemanha.

Os críticos também se queixam de que os crescentes níveis de energia solar contribuem par a instabilidade da rede nacional de energia devido a flutuações na produção. O governo de Angela Merkel tentou acelerar os cortes na FIT este ano para níveis abaixo de 20 centavos por kw / h. Mas a câmara alta do Parlamento, o Bundesrat, rejeitou estas medidas.

Fontes: Green-buzz e Reuters
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