Uma das atividades mais interessantes entre os moradores na parte ocidental da Mongólia é a caça efetuada com o auxílio de uma águia, uma antiga tradição praticada pela minoria étnica cazaque que reside nesta parte da Mongólia. E todos os anos, no início do mês de Outubro, é realizado um evento, denominado de "Golden Eagle Festival", que dura 7 dias na província de Bayan Olgii.
Os cazaques usam três tipos de águia para a caça. A mais comum é a "Eagle Mountain" também conhecida como a "Águia de Ouro". Seja por paixão ou por entretenimento, caçadores vestindo elegantes trajes típicos e chapéus feitos com pele de raposa vermelha, provenientes de toda a Mongólia e do vizinho Cazaquistão, reúnem se para exibir as suas habilidades como caçadores, como domadores e treinadores das águias.
Os Cazaques usam apenas águias fêmeas, uma vez que as águias macho, além de serem menores, não são bons caçadores. Os caçadores geralmente costumam pegar de quatro a cinco raposas em um dia de caça, bem como algumas presas menores, como as marmotas. Se tiverem sorte, os caçadores podem até pegar um lobo.
Primeiro, os participantes são testados para saber se as águias realmente conhecem o seu mestre, para isto, as aves são levadas e liberadas no pico de uma montanha alta e seus proprietários descem a montanha a pé e juízes cronometram o tempo que as águias gastam para pousar nos braços de seus respectivos donos.
No último dia do festival, os caçadores carregam raposas e peles de coelho no lombo de seus cavalos, e as águias são julgadas pela forma como elas caçam a sua "presa". Os pontos são concedidos levando se em consideração os quesitos velocidade das águias, habilidade em pegar a sua presa, e rapidez em reconhecer seus mestres.
O clímax do festival é o evento final em que as águias são liberados a partir do topo da montanha para caçar um lobo ao vivo. Como regra, o lobo está amordaçado (para ele não atacar os espectadores) e é solto no meio da planície. A multidão de curiosos se acotovela em torno de um limite de uma arena natural. É quase como estar na Roma antiga, no Coliseu, e embora possa parecer um pouco bárbaro, é difícil desviar o olhar.
Como a águia arremete velozmente para baixo da montanha, o lobo, um caçador natural sendo caçado, corre tentando encontrar um abrigo seguro até ser pego e jogado ao chão por uma águia e em seguida ele é resgatado pelos organizadores do festival. O evento geralmente dura um par de minutos, mas é um par de minutos emocionante - assustador, terrível, no entanto, surpreendente ao mesmo tempo.
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Estou na região de Dornod province, leste Mongólia perto da China e da Russia. Os padrões são incomuns, o nivelado sem fim, uma só paisagem 360º. Magnífica a coisa. Vegetação rasteira não fechada inarredavelmente a mesma alternada entre o verde e o cinza de presença única e absoluta açambarcando a vastidão. Solo silto arenoso mais arenoso que siltoso. Os caminhos implantados o são pelos pneus que simplesmente sulcam o solo e mudam para rotas paralelas conforme se aprofundam. Não se vê nada ao derredor sendo que o nada é o tudo soberano e magnífico. A magnitude de Deus nos confunde no desenho da superfície variadíssima do planeta onde fomos colocados provisórios. Se assim, colados e presos ao solo de um imenso globo ficamos extasiados, quanto mais não ficaremos quando desprendidos navegaremos na eternidade de terceiros Céus para cujas visões os humildes outrora incorporados serão contemplados...:)
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